
Lendo uma matéria de um site o "Mundo de Cabeça para Baixo" não para de pensar como é bom fazer uma viagem pelo tempo e conseguir assimilar uma cultura diferente numa boa. Afinal de conta, as coisas não são tão diferentes e esquisito como dizem. Basta lembrar que ainda estamos no planeta Terra. Bem, essa foi a minha experiência de uma viagem futuristica sem sair daqui.
O texto da matéria (veja abaixo) fala de alguns problemas e situações aparentemente anormais que teoricamente o Brasil não tem. O "Mundo de cabeça para baixo" simplesmente tem uma dificuldade em entender as pessoas que não entendem o mundo onde viver e resolveu cutucar um pouco mais nesse assunto. Por isso, ao ler o texto abaixo, tente fazer uma viagem realmente ao local. E não se esqueça: Vivas las diferenças! (culturais, tecnológicas, comportamentais, educacionais, religiosas,...)!
O trecho do matéria original eu tive que cortar, mais com certeza você poderá encontrar a matéria na integra no site da Globo "http://oglobo.globo.com/blogs/panoramanihon".
A forte ligação dos japoneses com os eletroeletrônicos é conhecida em todo o mundo, não é por menos que a intimidade dos asiáticos com o universo da tecnologia. Pois é, acontece que o “cordão umbilical” que liga os japoneses às máquinas não se restringe ao mercado de aparelhos de TV, como a multinacional nipônica Toshiba já alardeou em suas propagandas. Ele é muito mais forte do que qualquer brasileiro fora do Japão possa imaginar – e olha que não estou me referindo à matrix que Tóquio parece acolher em algumas regiões, devido aos seus habitantes andrógenos e seu visual moderno.
O estudo, divulgado pelo jornal Mainichi Daily, informou que cerca de 40% das jovens não apenas cultivam o hábito de falar com o PC como também gostam de apelidá-los com nomes carinhosos. Entre os preferidos estariam “tomodachi-kun” (amiguinho) e “princesa”. Questionadas sobre tal hábito, algumas delas disseram que falavam com o computador porque se sentiam muito tensas ou solitárias. Ah, ainda tem um detalhe: quase metade das entrevistadas admitiu gostar de decorar as máquinas com bichinhos de pelúcia.
Será que é tão difícil manter uma comunicação verdadeira, fora do mundo virtual? Nos trens de Tóquio chega a ser cansativo ver 99% das pessoas caladas, de cabeça baixa, mexendo em seus celulares, como se não existisse nada mais interessante para fazer. Essa regra só costuma ser quebrada quando passa das 21h da sexta-feira e os “salary men” – ou simplesmente assalariados de terno e gravata, bastante comum por aqui - já estão mais soltos, graças à cervejinha e ao saquê no happy hour depois do trabalho. Aí sim, é possível vê-los conversando, sorrindo, descontraídos como poderiam ser na maior parte do tempo. Tudo bem, é difícil se manter bem-humorado com uma rotina exaustiva de trabalho, mas acho que um bate-papo saudável não faz mal a ninguém.